Um projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados pode mudar o processo para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
De autoria da deputada Mariana Carvalho (PSDB/RO), o PL 7.746/2017 prevê introduzir uma categoria específica para veículos de câmbio automático.
Inicialmente, o texto tratava apenas de uma mudança relacionada às motocicletas, tendo em vista o aumento de motos automáticas no Brasil. No entanto, durante a tramitação, a proposta foi alterada e passou a incluir todos os veículos automáticos, não só motocicletas.
“Hoje quase 50% da frota conduzida zero quilômetro é automática. Então, o pessoal que tem a intenção de conduzir somente carro automático não tinha essa perspectiva de fazer o exame somente para o carro automático”, disse Marcos Vinícius de Oliveira, proprietário da Autoescola Nacional.
Pelo texto, o candidato que tiver a pretensão de dirigir carro automático, por exemplo, poderá optar por habilitar-se na categoria específica para esse tipo de veículo. O mesmo vale para motocicletas e demais automotores.
O objetivo do projeto é facilitar o processo de habilitação para quem não deseja utilizar veículos manuais, alinhando assim o treinamento necessário com as reais necessidades dos motoristas.
“A expectativa para o futuro é que haja um aumento da frota de (veículos) automáticos. Hoje já tem carros elétricos, já tem bastante carro automático, então a gente tem que andar em consonância com a evolução que está acontecendo no nosso mercado de veículo”, afirmou Marcos Vinícius de Oliveira.
“Eu vejo isso com bons olhos porque é uma tendência que vem para evoluir e não pare regredir. Não tem nenhuma situação contra, só a favor mesmo. Então, a gente torce a favor desse projeto porque vai agregar, valorizar e trazer uma opção para pessoas que pretendem se habilitar de acordo com suas necessidades”, completou o empresário.
Ainda não há uma perspectiva quanto ao aumento ou redução de custos para os candidatos.
O projeto já foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) na Câmara dos Deputados, mas precisa passar por um longo caminho até se tornar realidade.
Caso ele seja sancionado na Câmara, será analisado pelo Senado e, posteriormente, caso haja aprovações sem mudanças, será encaminhado para sanção presidencial.
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