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Fernando Otávio, Manoel Batista e mais: escolas estaduais de Pará de Minas podem aderir ao modelo cívico-militar

Seis escolas da cidade foram consultadas. Saiba quais

04/07/2025 às 17h26
Por: Redação Fonte: portaldivera.com
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Foto: reprodução/Prefeitura de Pará de Minas
Foto: reprodução/Prefeitura de Pará de Minas

Seis escolas estaduais de Pará de Minas estão sendo consultadas pela Secretaria de Estado de Educação sobre a possível adesão ao Programa das Escolas Cívico-Militares.

As instituições são: Fernando Otávio, Manoel Batista, Ademar de Melo, Ângela Maria, Coronel João Ferreira e Nossa Senhora Auxiliadora.

As escolas cívico-militares funcionam com gestão compartilhada entre profissionais da educação e militares da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros. Os militares não atuam na sala de aula, mas apoiam na gestão e disciplina da escola, com foco em valores como respeito, cooperação e responsabilidade. 

Em todo o estado, mais de 700 escolas  foram consultadas pelo governo, e elas têm até 18 de julho para dar um retorno sobre a adesão.

Em nota encaminhada ao portaldivera.com, a Secretaria de Educação confirmou a consulta e disse que, “nesta primeira etapa, será realizada uma assembleia nas escolas, reunindo todos os segmentos da comunidade escolar — gestores, estudantes, professores, servidores e famílias — para que possam manifestar formalmente seu interesse na possível participação no modelo”.

A eventual implantação ocorrerá em escolas selecionadas pelo governo, a partir da conclusão da análise em andamento, e não necessariamente em todas as unidades onde houver manifestação favorável.

Ainda na nota, a secretaria justificou a ampliação do programa alegando que o “modelo tem demonstrado resultados positivos em diversos indicadores educacionais”. Vale lembrar que, atualmente, nove escolas no estado já participam.

“Um dos destaques está na evolução do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) nas etapas finais do ensino fundamental. A média das escolas cívico-militares saltou de 3,5 em 2017 para 5,0 em 2021, mantendo-se acima da média anterior mesmo com a leve oscilação registrada em 2023, quando atingiu 4,6. No ensino médio, o crescimento também foi expressivo: de 2,8 em 2017 para 3,8 em 2021, alcançando 4,0 em 2023 — um avanço gradual e consistente”, disse a secretaria.

Outro indicador de destaque apresentado é a redução da evasão escolar. Segundo a pasta, “a taxa média de abandono em todas as nove escolas cívico-militares caiu de 4,92% em 2022 para 2,96% em 2023”. 

 

Sind-UTE

A proposta do governo não agradou ao Sind-UTE (Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Minas Gerais).

Em seu site, a entidade afirmou que “Escola pública deve ser espaço de ensino e aprendizagem, com professores e funcionários valorizados, liberdade de expressão e compromisso com a qualidade do aprendizado — não um palco para manutenção de tropa”. 

O sindicato também afirmou que a contratação de policiais ou militares aposentados, sem formação pedagógica adequada e com remuneração superior à dos educadores, “desvia recursos e responsabilidades que deveriam ser destinados à contratação de professores, pedagogos e demais servidores concursados”.

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