A UPA 24h voltou a ser assunto em Pará de Minas.
Nos últimos dias, a unidade recebeu uma alta demanda de pacientes, o que gerou atraso nos atendimentos e reclamações de pessoas que esperaram na fila, incluindo idosos.
Em seu perfil no Instagram, por exemplo, o vereador Dinei Calha denunciou um caso em que um paciente ficou aguardando ser atendido, segundo ele, por nove horas.
Já em outra postagem da página @parademinas, uma seguidora comentou que na última quarta-feira, dia 25, sua mãe, de 81 anos, chegou na UPA às 12h e saiu de lá mais de 21h.
Diante das reclamações, nós conversamos com o secretário Municipal de Saúde, Gilberto Denoziro, que justificou as filas e demora no atendimento. Segundo ele, a soma de alguns fatores contribuiu para esse cenário.
“Desde meados de maio, nós tivemos um aumento exagerado, acima da média anual, de problema respiratório agudo-grave. Mês de junho (também) tem muita festa junina, principalmente fim de semana, o povo às vezes toma mais do que o normal. Na última semana, na quarta-feira, terminou as férias dos acadêmicos (estudantes de Medicina) que atendem, eles têm o preceptor, o professor da universidade, e eles atendem 50, 60 pessoas por dia”, afirmou o secretário.
Ao todo, são 6 estudantes da Universidade de Itaúna que atendiam na UPA.
“Então, essa somatória de fatores gerou uma sobrecarga de atendimento na UPA. (...) Mas esse fluxo já está dando mostra que está diminuindo. Não só em gravidade, mas parece que está diminuindo em número também de pessoas com problemas respiratórios”, completou.
Segundo números apresentados pela secretaria referentes à quantidade de atendimentos na UPA, nos últimos 15 dias de junho, foram realizados 5.485 atendimentos (entre adultos e pediátricos), superando a segunda quinzena de maio (4.203 atendimentos).
Na oportunidade, o secretário também foi questionado sobre a prioridade na fila de atendimento, já que, conforme informações, há relatos de idosos que aguardaram por horas na fila.
Gilberto Denoziro explicou como funciona a classificação de risco.
“Dentro da classificação de risco, existe laranja, amarelo, verde, vermelho. Dentro da mesma cor, o idoso tem preferência. O problema é que no serviço de urgência, muitas vezes, o jovem está muito mais grave que o idoso”, disse.
“Não há como, no serviço de urgência, você dar uma preferência absoluta”, afirmou o secretário de Saúde.
Ao final, Gilberto Denoziro orientou que as pessoas procurem as UBS para evitar a sobrecarga na UPA e informou que três unidades estão abertas até às 20h para atender casos gripais: UBS Nossa Senhora da Piedade, UBS Walter Martins e UBS Providência.