A Secretaria Municipal de Cultura vai realizar neste domingo (29), a partir das 8 horas, no Parque de Exposições Francisco Olivé Diniz, a Festa em Honra a Nossa Senhora do Rosário.
Na véspera do evento (28), também no Parque de Exposições, às 19 horas, será realizada a reza do terço e levantamento dos mastros de Nossa Senhora do Rosário, Santa Efigênia e São Benedito.
Considerada patrimônio imaterial de Pará de Minas, a festividade reúne elementos da cultura católica e afro-brasileira em uma manifestação da fé e dos costumes religiosos.
Diversas guardas de congado do Município e da região já confirmaram participação no evento.
Segundo o historiador Gustavo Duarte, a tradição já acontece em Minas Gerais desde o início do século 18, e em Pará de Minas desde o século 20. Ele também reforça que os principais responsáveis pela preservação dessa tradição secular são as guardas.
“Elas (guardas) são as detentoras dos saberes, dos saberes do Rosário que a gente chama (...), eles sim são os responsáveis pela preservação do bem, que é algo que é da tradição e da fé do povo católico e negro, porque afinal de contas, esse sincretismo, que é importante, que mantém tanto a fé católica, quanto também as tradições afro-brasileiras”, conta.
O Presidente e Capitão da Guarda do Congo e Moçambique Rosário de Santa Maria, Rafael Ribeiro, fala sobre a dificuldade em manter a fé e a tradição na atualidade, reforçando a importância da preservação dessa festividade.
“Tradição hoje é muito difícil de se manter e fé também, então é difícil, tem muita dificuldade, mas a gente vai mantendo, é muito importante sim, para os jovens também, do jeito que os jovens estão nas drogas, então tem um papel social também”, afirma.
Rafael convida a população a participar e conta que o objetivo da festa é cantar, dançar e, principalmente, celebrar a fé.
“O objetivo dessa festa é cantar, dançar para Nossa Senhora, é uma fé cantante, dançante, é muita alegria, muito louvor à Virgem Maria (...), então a gente convida a população para ir visitar, ver e prestigiar, porque às vezes a gente pensa que é uma festa de longe, mas é uma festa nossa, é a nossa cultura, é a nossa ancestralidade que o povo muitas vezes não conhece, julga, critica, mas por falta de conhecimento”, conta.