A Estação Cultural recebe nesta sexta-feira (27), às 9 horas, a próxima edição do projeto “Estação Afro”, em que será exibido o documentário “Sá Rainha e os Capitães do Mar".
O filme, dirigido por Igor Bastos, celebra a cultura do Reinado de Nossa Senhora do Rosário em Minas Gerais, a partir da memória da infância de Igor e seu reencontro com um capitão da guarda 21 anos depois.
Explorando a importância do festejo e a fé dos participantes, o foco da produção perpassa por culturas e tradições das cidades de Pará de Minas, Mariana, Ouro Preto, Divinópolis e Congonhas.
Um dos capitães retratados no documentário é Wallace Souza, Capitão Mor da Irmandade Nossa Senhora do Rosário Os Nonatos, de Pará de Minas.
Igor, também idealizador do “Estação Afro”, conta como surgiu a ideia do projeto e a importância de trazer diferentes culturas, principalmente para as crianças.
“O ‘Estação Afro’ é um projeto em conjunto com a Secretaria de Cultura, juntamente com toda a comunidade, as pessoas, os artistas que trabalham na cultura afro, a cultura africana, o povo negro (...), então é muito importante que a gente coloque essas culturas também, não somente para que as pessoas possam conhecer tipos de culturas diferenciadas, porque nós estamos vivendo todos dentro de uma única sociedade, como também é tão importante a gente trazer isso para as nossas crianças numa forma do não preconceito e de conhecer mesmo”, conta.
Segundo Igor, o projeto também busca integrar cultura e educação, levando algumas escolas para as exibições.
“A nossa escola convidada dessa vez foi a Escola Estadual Governador Valadares, eles já estão todos ansiosos e a escola já vem trabalhando com essa cultura, então vai agregar muito, isso é muito importante, porque a cultura sempre trabalha com esse laço com a educação, que é só assim que nós vamos conseguir levar para o nosso povo, de hoje e de amanhã, uma cultura e uma arte local”, reforça.
Igor também conta que o evento trará diversas peças e itens voltados para a cultura negra e convida toda a comunidade a conhecer e participar.
“Uma arte, uma cultura, você só consegue dar valor, você só consegue falar bem daquilo quando você começa a entrar e começa a conhecer (...), nós vamos colocar várias coisas ali, desde roupas, artesanatos, alimentos, todos voltados para a cultura negra”, conta.