Mais do que saciar a fome, a alimentação tem papel essencial na construção da saúde das crianças — especialmente quando o assunto é o fortalecimento da imunidade.
Oferecer uma dieta equilibrada e rica em nutrientes pode ser um verdadeiro “remédio natural” para ajudar o organismo infantil a se proteger contra vírus, bactérias e outras doenças.
Segundo a pediatra Dra. Marina Gontijo, que atende no Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Pará de Minas, vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes presentes em alimentos como frutas, legumes, verduras, grãos integrais e proteínas magras são fundamentais para manter o bom funcionamento do sistema imunológico.
Como exemplo, ela citou alimentos ricos em vitamina C (como laranja, acerola e morango), vitamina A (presente em cenoura, abóbora e ovo) e zinco (encontrado em carnes, feijão e castanhas) que ajudam a fortalecer as defesas naturais do corpo.
“É o básico mesmo. Uma alimentação caseira rica em legumes, verduras, frutas. A criança, o pré-adolescente, o adolescente hoje come muita coisa química. Vamos evitar isso um pouco. É para ser uma alimentação melhor mesmo, mais caseira. Evitar produtos químicos”, disse a pediatra.
“E hidratar as crianças, a hidratação é importante. Bebês menores, leite materno se possível, que já dá uma imunidade muito boa. Uma alimentação rica em sucos, em vitaminas, frutas e a hidratação com água mesmo”, completou Dra. Marina.
Outro aliado importante é o mel, que pode ser oferecido com moderação a partir de 1 ano de idade. Rico em compostos antioxidantes e antimicrobianos, ele pode auxiliar no alívio de sintomas de gripes e resfriados, além de estimular a imunidade.
“O mel é um alimento, assim, antiguismo. Ele tem um valor imunitário muito grande, um conteúdo de ferro muito grande, uma companhia para prevenir a anemia. (Recomendado) a partir de um ano. Você vai usar, com moderação, ele vai aumentar muito a imunidade”, frisou.
Apesar dos benefícios, a especialista alerta para cuidados importantes: o mel não deve ser oferecido a bebês com menos de 1 ano de idade, devido ao risco de botulismo — uma infecção rara, porém grave, causada por uma bactéria presente em alguns alimentos naturais.
Para crianças acima dessa faixa etária, o consumo deve ser moderado e sempre com acompanhamento pediátrico.
A pediatra também destaca a importância da prática de atividades físicas, como fator chave para que o corpo da criança cresça forte e preparado para enfrentar os desafios do dia a dia.
Importante ressaltar que, em caso de dúvidas sobre quantidades e quais alimentos dar o seu filho, o pai ou mãe deve procurar um pediatra de referência.