Órgãos de segurança pública de Pará de Minas já estão em alerta para os incêndios florestais.
Embora o período mais crítico seja entre agosto e setembro, a chegada da seca, acompanha de ventos mais fortes, eleva os riscos de queimadas em vegetação.
No ano passado, Pará de Minas registrou grandes devastações florestais causadas pelo fogo, com destaque para os incêndios na Serra das Torres que se alastraram e se aproximaram de casas em bairros como o São José.
Para evitar novos casos em 2025, as instituições estão apostando na conscientização e no monitoramento das áreas de risco, segundo informou o coordenador da Defesa Civil Municipal, Edson Cecílio Silva.
“É um grupo de trabalho envolvendo a Secretaria de Meio Ambiente, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Guarda Civil Municipal, diversos outros parceiros e outras secretarias. Nós vamos estar trabalhando com ações pontuais nesses locais identificados para tentar minimizar e prevenir os incêndios, principalmente na região de Meireles, Penhas, Gorduras, onde a gente teve uma área queimada em torno de 900 hectares em um único evento entre 16 e 19 de setembro de 2024”.
Entre as ações realizadas estão a divulgação de campanhas de conscientização popular sobre riscos de queimadas e o contato com moradores dessas localidades de risco a fim de repassar as medidas preventivas e facilitar a comunicação quando houver algum foco de incêndio.
Um dos focos do trabalho das instituições é orientar a população sobre os riscos de atear fogo em lotes vagos, mesmo que seja para a limpeza do local.
Além de ser prejudicial ao meio ambiente, essa prática é configurada como crime ambiental.
“A gente lembra que colocar fogo para fazer a limpeza, pode causar um incêndio. Dependendo da situação, se você coloca em risco pessoas, residências, você está cometendo um crime ambiental, não apenas uma infração. Então você pode responder cível, administrativamente e penal”, frisou Edson Silva.
“Tem que lembrar as pessoas disso para que não adotem essas providências para a limpeza de lotes. Que faça essa limpeza manual e adote outros meios para fazer isso. E sim, essa campanha, principalmente voltada o Corpo de Bombeiros sofre demais porque são inúmeras chamadas e comprometem o trabalho de resposta que eles dão”, completou.
Segundo a legislação ambiental brasileira, provocar queimadas é crime, com penas que variam de multa até reclusão. A prática está sujeita à Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), além de legislações municipais que proíbem expressamente o uso do fogo para limpeza de terrenos.
De acordo com especialistas, a fumaça gerada pelas queimadas é especialmente prejudicial para crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças respiratórias, como asma e bronquite. Em casos extremos, pode até provocar internações e sobrecarregar o sistema de saúde.
A população pode e deve denunciar queimadas ilegais aos canais de atendimento da prefeitura (3233-5878), Polícia Militar (190), Corpo de Bombeiros (193) ou aos órgãos ambientais competentes.