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Ludomania: Pará de Minas confirma aumento do número de casos de vício em apostas

“O vício em jogos ativa as mesmas áreas que o vício em álcool e drogas”, diz especialista

10/06/2025 às 14h35 Atualizada em 11/06/2025 às 15h01
Por: Redação Fonte: portaldivera.com
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Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) confirmou o aumento do número de casos de vício em apostas em Pará de Minas.

Conhecido como ludopatia, ludomania e também jogo patológico, a condição se refere à compulsão recorrente por jogos ou apostas, mesmo diante de consequências negativas ou do desejo de parar.

A coordenadora do CAPS II, Centro de Atenção Psicossocial, Regiane Batista, reforça os principais sintomas presentes nos pacientes.

“O vício em jogos ativa as mesmas áreas que o vício em álcool e drogas, os primeiros sinais vêm com comportamento, como a irritabilidade excessiva, ansiedade, tristeza, isolamento, perda de interesse em outras atividades da vida diária, como hobbies, para ficar jogando”, explica.

Além dos sintomas, a especialista explica que o processo do vício passa por três estágios, sendo a terceira fase a mais grave, podendo levar a situações fatais, como o autoextermínio.

“Dentro do quadro existem várias etapas, que são a fase da vitória, da perda e do desespero, a fase da vitória é aquele momento que a pessoa entra com um ou dois ganhos pequenos, ela começa a investir, tempo e dinheiro, e aí vem a segunda fase da perda, em que o que a pessoa ganha ela reinveste no jogo e isso vai virando um ciclo até chegar na fase do desespero, que a pessoa tem várias dívidas, e dívidas altas”, afirma.

Segundo Regiane, o principal público suscetível aos jogos é variado e ainda não foi traçado um perfil exato na cidade, mas que em geral são jovens.

“São jovens, em idade produtiva, ainda não temos um sexo definido, se são mais mulheres ou homens, não temos também uma definição específica do público em Pará de Minas, mas é mais o pessoal que busca pela ilusão (...), em geral jovens de 25 a 45 anos”, conta.

 

Como e onde buscar ajuda?

A especialista explica que ao identificar o problema, tanto as famílias e amigos, quanto a própria pessoa, devem buscar as orientações nos serviços de referência do município.

“Elas – família e amigos – podem no primeiro momento tentar abordar a pessoa que está passando por essa situação, mostrar pra ela que a situação tomou ou está tomando uma proporção de falta de controle, e buscar informação e orientação nos serviços de referência, que são os CAPS ou a Unidade Básica de Saúde, que é a porta de entrada”, reforça.

Em Pará de Minas, a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) oferece serviços de tratamento por meio de três Centros de Atenção Psicossocial:

  • CAPS I – Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil
  • Rua Londrina, 305 – Jardim Beatriz
    (37) 9.9826-8542
  • CAPS II – Centro de Atenção Psicossocial
  • Rua Antônio Júlio, 140 – Centro
    (37) 3231-7792
  • CAPS AD – Álcool e Drogas
  • Rua Santa Quitéria, 340 – São Vicente de Paula
    (37) 3231-4863

 

Rede de apoio de familiares e amigos

Regiane ainda explica a importância da presença da família e amigos no processo de recuperação dos pacientes.

“Quando chega em um certo ponto a família tem que cuidar da conta bancária (...), limitar o acesso à internet, infelizmente é o nível mais alto, mas quando a pessoa chega nesse nível é muito importante a participação da família e dos amigos nesse processo de cuidado na tentativa de reverter a situação”, comenta.

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