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Relação sexual flagrada na Torquato de Almeida foi estupro, diz Centro Pop

Caso aconteceu nesta terça-feira (3)

04/06/2025 às 16h41 Atualizada em 06/06/2025 às 09h04
Por: Redação Fonte: portaldivera.com
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Foto: cedida por @acheiparademinas
Foto: cedida por @acheiparademinas

A relação sexual flagrada na noite da noite desta terça-feira (3), na praça Torquato de Almeida, no centro de Pará de Minas, foi um caso de estupro.

A informação foi confirmada pelo Centro Pop, serviço de atendimento às pessoas em situação de rua.

O caso ganhou forte repercussão na cidade após as cenas de sexo serem filmadas por populares e viralizarem nas redes sociais. 

Segundo a psicóloga do Centro Pop, Nádia Nogueira, a vítima é uma pessoa trans que foi violentada enquanto estava dormindo na praça. Ela e o agressor são moradores de rua, já conhecidos pelo órgão. 

“Foi uma violência sexual! Já tinha sido relatado pra gente em outros momentos que ela estava sendo vítima de abuso sexual na rua. É um travesti, e ela precisava ser tirada aqui da cidade, porque estava sendo vítima de agressões físicas, de violência sexual e pelos próprios moradores de rua”, disse Nádia.

“Quando ela estava ali em uso de álcool e outros drogas, que é uma característica da pessoa em situação de rua, ela ficava muito vulnerável e acabava se tornando uma vítima daquelas outras pessoas. Então a gente achou por cuidado, estar tirando ela da cidade, a gente até pontuou isso para ela”, completou.

Uma terceira pessoa, que vive em situação de rua, também esteve envolvida e, segundo, o Centro Pop, teria agredido fisicamente a vítima. 

Os dois agressores são conhecidos, mas, até o fechamento desta matéria, não foram localizados.

Ainda de acordo com Nádia, a vítima foi orientada e aceitou ir para outra cidade. 

“Ela (a vítima) tinha outros motivos também que ela poderia estar em outra cidade, porque ela não é daqui de Pará de Minas. Ela faz um tratamento médico em Divinópolis, então a gente propôs pra ela estar indo para Divinópolis e o motorista levou toda a documentação dela. A gente pontuou pra ela que Divinópolis tem um albergue que hoje a gente não tem aqui na cidade”, informou a psicóloga.

 

Sem acionamento

Nem a Polícia Militar nem a Guarda Civil Municipal foram acionadas para atender a ocorrência. 

O Comandante da GCM, Lucas Costa, chamou atenção da população para que, ao invés de filmar e divulgar a cena, que as pessoas acionem, primeiramente, as forças de segurança para fazer a prisão em flagrante dos infratores.

“A Guarda Municipal tem intensificado o patrulhamento, principalmente nos logradores municipais, nas praças, nas escolas. Entretanto, a gente não consegue estar em todos os locais ao mesmo tempo”, frisou o comandante.

“A própria Constituição fala que a segurança pública é um dever dos órgãos de segurança pública, mas é responsabilidade de todos. Então, a população, você vê que eles preferem filmar, divulgar isso nas mídias, criar o sensacionalismo, mas pecam na hora de repassar um crime para as autoridades”, completou.

 

Abordagem social

Nádia Nogueira, do Centro Pop, lamentou que casos como esse estejam acontecendo em Pará de Minas com mais frequência nos últimos meses, mas cravou, que não se pode generalizar e considerar que todas as pessoas em situação de rua cometam delitos.

A Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social informou que reforçou a equipe de abordagem do Centro Pop e orientou que a população não dê dinheiro para os moradores de rua. A melhor ajuda é recomendar procurar o Centro Pop, onde essas pessoas serão acolhidas e poderão até voltar para suas famílias ou cidades de origem.

O serviço funciona na rua Doutor Higino, na Várzea, próximo ao Colégio Sagrado Coração de Maria.

Atualmente, segundo a pasta, Pará de Minas tem 40 pessoas em situação de rua que utilizam os serviços do Centro Pop.

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