Empresário alerta sobre golpe relacionado ao gás de cozinha em Pará de Minas. Entenda

Famílias de Pará de Minas estão sendo vítimas de um golpe relacionado à compra do gás de cozinha.

Até o momento, duas revendas de botijão de gás da cidade tiveram conhecimento de consumidores que caíram no golpe e perderam de R$ 70 a R$ 250. Já os estabelecimentos, que também são alvo no golpe, perceberam a ação criminosa e se safaram do prejuízo.

A dinâmica do golpe é a seguinte: criminosos criam um perfil falso de uma empresa que vende gás de cozinha no Facebook e anunciam os produtos - seja recarga ou instalação do botijão, com mangueira, regulador e outros componentes – por um preço atrativo, abaixo do que é praticado no mercado.

Atraídos pelos valores, os consumidores entram em contato com o perfil, são ludibriados pelo criminoso, fazem o pix da compra e são informados que o produto será entregue em breve.

Mesmo com o golpe, de certa forma, concluído, os golpistas entram em contato com uma empresa que revende gás e pedem para entregar o produto no endereço da primeira vítima, e que, quando o entregador estiver no local, será feito o pix.

Um dos estabelecimentos contatados pelos golpistas foi a Marcogaz, cujo proprietário é Marcos Aurélio Bernardes.

“A quadrilha, depois de já ter recebido o pix, entra em contato com a gente. Fala que é na casa de um familiar, um parente, uma tia, um irmão que está necessitando de uma doação, e que ela (golpista) está fazendo a doação para essa pessoa. (Informam) que na hora que a gente chegar na porta com nossos entregadores, chegar para fazer entrega, que ela manda o comprovante de pix”, explicou Marcos.

“Só que quando a gente chega na casa para fazer a entrega, que é o momento para mandar o comprovante para o entregador finalizar a entrega, a gente detecta que o comprovante é falso. A gente não faz a entrega e o solicitante que comprou da quadrilha fica com o prejuízo”, completou o empresário.

A empresa de Marcos foi alvo duas vezes nas duas últimas semanas. Em um dos casos, o serviço era a instalação do botijão, que a família vítima havia pagado R$ 250 aos golpistas. Já o outro caso, foi a recarga de três botijões, no valor de R$ 70,00 cada botijão.

“É um preço, assim, que a gente não consegue nem comprar hoje da Petrobras, a gente que é legalizado hoje”, disse Marcos Aurélio.

“Quem sempre sai lesado é a população, porque a gente vê que o comprovante é falso, a gente não efetua a entrega. Estamos deixando esse alerta para o pessoal de Pará de Minas: sempre que for fazer a compra do gás, comprar de uma empresa legalizada. Olha uma empresa que já tem nome no mercado, que já está há tempos no mercado para não correr esse risco. E sempre que for fazer PIX, pedir para fazer o PIX na maquininha”, recomendou o empresário. 

Marcos Aurélio realizou um boletim de ocorrência, e a suspeita é que os golpistas façam parte de uma quadrilha especializada de Belo Horizonte. Até o momento, porém, ninguém foi preso.