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Pará de Minas Bronquiolite

Pediatra explica sintomas de bronquiolite e faz alerta aos pais sobre automedicação

Casos de bronquiolite em Pará de Minas têm preocupado pais e profissionais da saúde

26/05/2025 às 16h35 Atualizada em 28/05/2025 às 12h48
Por: Redação Fonte: portaldivera.com
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Foto: portaldivera.com
Foto: portaldivera.com

A bronquiolite continua preocupando pais e profissionais da saúde em Pará de Minas. 

A doença voltou a ganhar destaque nesta segunda-feira (26) após a transferência aérea de mais um bebê que estava internado na UPA de Pará de Minas, com bronquiolite, para uma unidade de tratamento intensivo pediátrica em São Sebastião do Paraíso.

O aumento de casos, especialmente no inverno, é um ponto de alerta em todo o Brasil. 

Segundo dados recentes do Sistema Único de Saúde (SUS), o país registrou mais de 82 mil internações por bronquite e bronquiolite aguda entre 2019 e 2024. Somente em 2023, a bronquiolite foi responsável por cerca de 600 mortes de crianças com menos de um ano.

A doença afeta os pequenos brônquios dos pulmões, é causada por vírus, sendo o principal deles o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), altamente contagioso.

O portaldivera.com conversou com a pediatra Dra.Marina Moreira Gontijo, que atende no Hospital Nossa Senhora da Conceição. Segundo ela, a bronquiolite pode começar como um simples resfriado, mas evoluir rapidamente para um quadro grave. O alerta maior é para bebês com menos de um ano de idade. 

“A bronquiolite em um bebê, principalmente abaixo de 10 meses de idade, pode levar a broncoespasmo sério ao ponto da criança necessitar de oxigênio", afirmou a doutora.

 

Sintomas exigem atenção

Os principais sinais da bronquiolite incluem:

  • Coriza e nariz entupido
  • Tosse persistente
  • Febre baixa
  • Chiado no peito
  • Dificuldade para respirar

Em casos graves, a criança pode apresentar batimento das asas nasais, gemência (um som de esforço ao respirar), além de coloração azulada nos lábios e extremidades, sinal claro de falta de oxigênio.

“Percebeu esforço respiratório, febre dando de 4 em 4 horas, 6 em 6 horas, já merece uma avaliação médica. De preferência, com pediatra de referência da criança”, explicou a pediatra.

“Criança muita abatidinha, os pais conhecem melhor que os médicos, a criança bateu, está chorozinha demais, às vezes não sabe explicar o que está sentindo, também merece uma avaliação”, completou a Dra. Marina.

                                                                              Dra. Marina Gontijo - Foto: portaldivera.com

 

Automedicação é um risco

Apesar dos sintomas alarmantes, muitos pais ainda recorrem à automedicação, mas essa prática pode piorar ou desencadear outros problemas na saúde do bebê.

“É muito preocupante isso, essa automedicação. Você pode mascarar um quadro que está instalando. Por exemplo, otite. Uma otite mal cuidada e você pode ter uma meningite na infância. O ouvido interno, ele comunica com a membrana cerebral”, disse a Dra. Marina. 

“Uma medicação para a febre, um tilenol, uma dipirona, para a criança tomar, os pais já sabem a dose, tudo bem. Mas antibiótico e anti-inflamatório deixa para o médico receitar”, recomendou.

 

Prevenção pode salvar vidas

A prevenção continua sendo a melhor estratégia. Recomendações incluem:

  • Evitar locais fechados e aglomerados
  • Higienizar mãos e superfícies com frequência
  • Manter o aleitamento materno
  • Garantir a vacinação contra gripe e outras doenças respiratórias

"Uma boa lavagem de mãos funciona mais do que o álcool em gel. Lavar as mãos dos familiares e do bebê. O bebê não vai ter aquela opção de ele mesmo lavar. Então, lavar a mãozinha dele também. E hidratar as crianças, a hidratação é importante. Bebês menores, leite materno, se possível, que já dá uma imunidade muito boa", frisou a pediatra. 

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