A Câmara dos Deputados aprovou, na noite de terça-feira (6), o Projeto de Lei Complementar (PLP) 177/2023, que eleva o número de deputados federais de 513 para 531.
A proposta, relatada pelo deputado Damião Feliciano (União-PB), foi aprovada por 270 votos a favor e 207 contra e agora segue para análise do Senado Federal.
O aumento de cadeiras atende a uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que, em agosto de 2023, estabeleceu prazo até 30 de junho de 2025 para que o Congresso Nacional atualizasse a distribuição de vagas na Câmara conforme os dados do Censo Demográfico de 2022.
A decisão foi motivada por uma ação do governo do Pará, que alegava omissão legislativa na adequação da representação proporcional dos estados.
Com a nova configuração, nove estados serão beneficiados com acréscimos em suas bancadas:
A proposta também prevê que os estados que perderiam cadeiras com base na redistribuição proporcional — como Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Paraíba, Piauí, Alagoas e Rio Grande do Sul — mantenham seus atuais números de representantes, evitando perdas políticas e de recursos.
O impacto financeiro estimado com a criação das 18 novas vagas é de R$ 64,8 milhões por ano, conforme informações da Direção-Geral da Câmara dos Deputados. Esse valor inclui salários, benefícios e estrutura de gabinete para os novos parlamentares.
A medida entrará em vigor a partir da legislatura de 2027, impactando diretamente as eleições de 2026.
O texto aprovado também estabelece que a atualização do número de deputados deverá ocorrer a cada quatro anos, com base nos recenseamentos realizados no segundo ano de cada legislatura.
A proposta segue agora para o Senado, onde será analisada e votada. Caso aprovada sem alterações, será encaminhada para sanção presidencial.
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