O vereador Dinei Calha se posicionou sobre o boletim de ocorrência que foi registrado em seu nome após uma confusão, no início do mês de abril, na UPA, em Pará de Minas.
O acontecimento foi noticiado na segunda-feira (28) pelo Jornal da Manhã, da Rádio Santa Cruz, e confirmado pelo portaldivera.com, que também teve acesso ao boletim de ocorrência.
De acordo com o boletim, a mãe do vereador teria recebido, após a triagem, uma pulseira de cor verde, classificando o caso como pouco urgente e suscetível a uma espera de 2 horas.
O vereador não concordou com a classificação e pediu que a enfermeira alterasse a cor da pulseira. Ao ter o pedido negado, o relato expõe que Dinei começou a proferir xingamentos e ofensas a profissional de saúde.
Apesar do BO, o vereador não chegou a ser detido.
Em entrevista, Dinei contou que sua mãe passou mal e foi levada até a UPA de Pará de Minas. Ela foi encaminhada para a triagem e recebeu a pulseira verde, indicando pouca urgência.
“Minha mãe vai fazer 80 anos, ela é uma pessoa que tem deficiência nas pernas, não tem mobilidade nenhuma, então a gente ficou numa situação de muito desespero, porque ela estava passando muito mal, vomitando, ela tem pressão alta”, disse.
Segundo o vereador, ele solicitou que a profissional trocasse a fita da mãe devido a idade dela e que a profissional respondeu dizendo que a mãe dele teria prioridade e seria a próxima a ser atendida.
Entretanto, Dinei observou outras pessoas serem atendidas antes de sua mãe e por isso solicitou a ajuda da Guarda Municipal que estava presente no local, para que sua mãe fosse a próxima a ser atendida.
O vereador não desmentiu as ofensas, mas ressaltou que foi mal atendido e estava preocupado com a situação de saúde de sua mãe.
“Eu peço desculpas a todos, ao pessoal que estava lá, mas eu não tiro o fato que realmente aconteceu, porque eu fiquei muito triste, fiquei comovido com a história ali, porque eu não quero isso pra cidade de Pará de Minas, o pessoal tem que ser bem atendido, eles pagam imposto, então eu acho super errado, eu acho que tem que tratar o pessoal com mais ética e com mais educação”, acrescentou.
Dinei Calha é conhecido por seu trabalho de fiscalização na UPA, e foi questionado sobre os próximos passos após o episódio.
“Eu vou na UPA agora acompanhado dos meus parlamentares e de um advogado para não ter esse problema e para nós fiscalizarmos, porque é o trabalho de vereador: legislar e fiscalizar, e o prefeito tem que executar a obra, isso é o nosso serviço”, reforçou.
Por fim, o vereador comentou sobre a emissão do boletim de ocorrência ter sido feita após a sua saída da unidade.
“Eu não entendo porque que o pessoal lá da UPA não fez o boletim de ocorrência enquanto a Guarda Municipal estava lá, porque ela realmente viu tudo que aconteceu ali, portanto eles colocaram até minha mãe na porta do médico. Agora não entendo porque as médicas e enfermeiras não fizeram esse boletim enquanto a Guarda estava lá, esperaram a gente ir embora pra chamar a Polícia Militar e fazer a ocorrência, isso que eu não estou entendendo”, desabafou.
O vereador caracteriza o episódio como “má fé” e diz que a presença da Guarda Municipal no local poderia ter facilitado a resolução e compreensão do episódio.
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