Conclave: conheça como funciona o sistema que vai eleger o novo papa

Após a morte do papa Francisco, a Igreja Católica iniciará, nos próximos dias, a escolha do próximo pontífice.

O processo de seleção é conhecido como Conclave – palavra que vem do latim cum clavis e significa "fechado à chave" - ritual praticado há oito séculos e que é realizado entre 15 e 20 dias após a morte do Santo Padre.

O Vaticano convoca o Colégio dos Cardeais para a escolha. Atualmente, são 252 cardeais, mas apenas os que têm menos de 80 anos podem participar da eleição. Por esse critério, há sete cardeais brasileiros.

Com a Sé Vacante, cabe ao Carmelengo, cardeal responsável pela administração dos bens e do Tesouro do Vaticano, preparar a transição e acompanhar para que as regras do Conclave sejam cumpridas. Atualmente, o cargo é ocupado pelo cardeal irlandês Kevin Joseph Farrell.

O governo da Igreja Católica é assumido pelo Colégio dos Cardeais, que só pode medidas administrativas essenciais.

Durante os dias de eleição, os cardeais ficam isolados dentro do Vaticano, sem qualquer tipo de comunicação com pessoas do lado de fora. 

As principais regras para a eleição são:

• Votos secretos e queimados
• O cardeal precisa de dois terços dos votos para ser eleito
• Diariamente, podem ser realizadas até quatro votações 
• Se, após 34 votações, não houver uma decisão, os dois mais votados da última rodada disputarão uma espécie de "final ", mantendo a regra dos dois terços dos votos para a eleição

Concluída a escolha, é liberada a fumaça branca da Basílica de São Pedro, acompanhada pelo toque dos sinos. 

Posteriormente, o novo papa é apresentado na sacada da Basílica.