Uma iniciativa que começou na Fapam acaba de se tornar uma associação com a perspectiva de fortalecer a prevenção e combate à violência contra as mulheres em Pará de Minas.
Trata-se da Associação de Proteção e Promoção dos Direitos da Mulher – Por Elas.
A entidade é fruto de um projeto lançado em 2020, na Fapam, cujo objetivo era promover assistência jurídica e psicológica a meninas e mulheres vítimas de violências. O serviço era ofertado por alunos dos cursos de Psicologia e Direito.
Devido ao bom funcionamento e à demanda, a psicóloga Andréa Moreira, fundadora do projeto, decidiu tornar o Por Elas uma associação a fim de ampliar o trabalho preventivo e de acolhimento às vítimas.
“Nesses dois anos de trabalho, eu comecei a perceber que o projeto cresceu muito e eu precisava de verbas. E para pleitear verbas eu precisava me tornar uma associação. Porque se não, eu não ia conseguir ofertar tudo que eu queria para a população, como oficinas e outros trabalhos mais abrangentes. E então eu decidi tornar o projeto uma associação com o apoio da Fapam”, afirmou Andréa Moreira, presidente da associação.
A Associação Por Elas já está em funcionamento e busca continuar as ações e atendimentos antes praticados pelo projeto.
“Na associação nós queremos fazer o mesmo trabalho, a proteção de meninas e mulheres vítimas de violência com atendimento psicológico e jurídico e também os trabalhos de prevenção, onde a gente vai para as escolas falar sobre o tema, sobre inclusão, sobre misoginia e os papeis e estereótipos que são colocados sobre meninas e mulheres”, frisou a presidente.
“Ao falar disso nas escolas nós estamos prevenindo e conscientizando os alunos sobre a importância do papel da mulher na sociedade, mas também buscando extirpar da nossa sociedade discursos machistas e de hegemonia masculina. A ideia é caminharmos juntos com os homens e ter uma sociedade mais equânime, com direitos iguais para homens e mulheres”, completou.
Entre os projetos que o Por Elas vai desenvolver estão oficinas de apoio e cursos profissionalizantes, a fim de trazer mais autonomia e segurança para as meninas e mulheres.
“Muitas mulheres se submetem a um relacionamento abusivo por insegurança, medo ou vergonha e por dependência financeira e emocional. Nós precisamos quebrar esses paradigmas e esses modelos que dizem que a mulher que permanece em uma relação abusiva é porque gosta de sofrer, não é isso! Ela precisa de apoio emocional e tratamento. O que buscamos trazer com essas oficinas são grupos de apoio psicológico e rodas de conversa para levar mais informações, mas também oficinas profissionalizantes para que as mulheres possam ter mais autonomia profissional e financeira”, destacou Andréa.
Inicialmente, as atividades acontecerão na sede do Rotary Club Pará de Minas, no bairro São José. Segundo Andréa, a primeira oficina a ser ofertada será de confeitaria.
Os detalhes ainda estão sendo definidos e serão divulgados em breve.
Além do apoio às mulheres, Andréa diz que a associação também irá promover grupos de apoio aos homens, contando com rodas de conversa e conscientização sobre o tema.
A presidente do Por Elas ainda reforça que o apoio da comunidade e de empresas privadas é muito importante para dar continuidade às atividades da associação.
“Eu também estou caminhando junto com o Conselho Municipal da Mulher, do qual eu faço parte, junto com a Naliene que é presidente do Conselho Municipal da Mulher. Então nós queremos caminhar junto com outras instituições, não tem como uma associação prestar serviço para a comunidade se ela não trabalhar junto com o poder público e com a iniciativa privada. Então, nós precisamos de apoio, de ajuda financeira e também de profissionais voluntários que queiram nos ajudar com alguma oficina ou algum tipo de atendimento. Nós estamos abertos, é só nos procurar no nosso Instagram”, afirmou.
Para mais informações sobre a Associação Por Elas e as formas de contribuição acesse o Instagram @porelasmg.
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