“Declara SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA em Saúde Pública no âmbito do Município de Pará de Minas em razão de surto de doença respiratória – Coronavírus”.
Em 16 de março de 2020, o então prefeito de Pará de Minas, Elias Diniz, publicou no Diário Oficial do Município uma medida que entraria para a história da cidade.
Em decorrência do aumento de casos de covid-19 no Brasil e em Minas Gerais, a Prefeitura de Pará de Minas publicou o primeiro decreto de situação de emergência em saúde pública, estabelecendo uma série de medidas, como a proibição de eventos públicos ou privados com aglomeração de pessoas e a suspensão de aulas nas creches e escolas municipais.
A cidade começava ali a entrar de vez na pandemia de covid-19. O primeiro caso confirmado no município foi em um homem de 35 anos, no dia 1º de abril de 2020. Já a primeira morte aconteceu em 13 de julho e teve como vítima uma idosa de 78 anos que apresentava problemas crônicos.
Segundo a Secretaria de Saúde, Pará de Minas registrou quase 20 mil casos confirmados (até o dia 14 de março) e 313 mortes associadas ao vírus.
O ano com o maior número de casos foi 2022, com 10.580. Confira:
Hoje, cinco anos depois, a covid não é mais considerada uma doença de emergência, e sim, uma doença sazonal, assim como as síndromes gripais. Mas os efeitos dela foram marcantes.
Segundo a Secretaria de Saúde, Pará de Minas registrou, em 2025, 23 pessoas infectadas.
Maria de Lourdes Liguori, Enfermeira Referência Técnica da Vigilância Epidemiológica Municipal de Pará de Minas explica que a vacinação foi a principal responsável pela redução de casos e fim do estado pandêmico.
Ela, inclusive, orientou as pessoas a continuarem se protegendo, já que o vírus continua circulando entre nós.
“Não podemos esquecer que vencemos a pandemia devido ao Programa Nacional de Imunização. A vacinação continua para o público em geral nas unidades de saúde. Então, reforço a importância de todos nós estarmos com o cartão em dia para todas as doenças imunopreviníveis”, afirmou.
“Pessoas com sintomas respiratórios e suspeitas de qualquer síndrome gripal devem usar máscaras para evitar a transmissão dos vírus”, completou a profissional.
A Secretaria de Saúde preparou um questionário com perguntas e respostas sobre a covid-19. Confira:
A COVID-19, hoje não caracteriza mais como doença de emergência em Saúde Pública e atualmente é uma doença sazonal, assim como as síndromes gripais e demais doenças respiratórias.
Isso significa que o vírus continua circulando na população global, com surtos periódicos e menores níveis de gravidade à medida que mais pessoas desenvolvem imunidade por meio de infecção prévia ou vacinação.
Embora o SARS-CoV-2 provavelmente não desapareça, seus impactos podem ser significativamente reduzidos. Com avanços na ciência, vacinas e tratamentos, a humanidade aprenderá a conviver com o vírus de forma mais segura, reduzindo drasticamente o número de mortes e casos graves.É uma doença imunoprevenível para suas formas graves.
Os principais locais são aqueles com alta concentração e contato entre pessoas e com baixa ventilação, como:
Atualmente as vacinas disponíveis no Programa Nacional de Imunização são:
Faixa etária autorizada: a partir de 6 meses de idade.
para indivíduos a partir de 5 anos de idade: dose única, e independentemente do estágio de vacinação, ou seja, tanto para pessoas vacinadas, quanto para pessoas não vacinadas, , após pelo menos três meses da última dose recebida.
para crianças entre 6 meses e 4 anos de idade não vacinados: série de três doses. As duas doses iniciais devem ser aplicadas com intervalo de três semanas e a terceira dose aplicada após oito semanas da dose anterior.
para crianças entre 6 meses e 4 anos de idade já vacinados com outras vacinas: dose única de reforço, após pelo menos três meses da última dose recebida.
Indicação: indicadas como reforço. Devem ser aplicadas a partir de três meses após a série primária de vacina ou reforço anterior.
Vacinação de grupos prioritários:
Pfizer Bivalente (acima de 12 anos de idade) e Pfizer Pediátrica (5 a 11 anos de idade)
Periodicidade: 6 meses
Grupos A - maior risco: gestantes e puérperas, imunocomprometidos e idosos (60 anos ou mais)
Periodicidade: anual
Grupos A - maior risco: trabalhadores da saúde Grupos com maior vulnerabilidade: indígenas, ribeirinhos, quilombolas, pessoas vivendo em instituições de longa permanência (e seus trabalhadores), pessoas com deficiência permanente, pessoas com comorbidades, pessoas privadas de liberdade (≥ 18 anos), adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas e pessoas em situação de rua.
Todas as vacinas em circulação contra a COVID-19 são seguras e eficazes para todos os públicos prioritários para a vacinação com este imunobiológico. Assim como todo medicamento, estas vacinas podem causar reações adversas, como.
Existe algum remédio ou produto que elimine o covid-19?
Atualmente, não existe um medicamento ou produto que elimine completamente o COVID-19 de forma imediata. No entanto, existem medicamentos antivirais que podem ajudar no tratamento da infecção pelo SARS-CoV-2. Esses medicamentos reduzem os sintomas e previnem complicações graves.
O isolamento e a quarentena são estratégias de saúde pública que visam proteger a população e evitar a disseminação de doenças contagiosas, como a COVID-19.
O isolamento é a separação de indivíduos infectados dos não infectados durante o período de transmissibilidade da doença, quando é possível transmitir o patógeno em condições de infectar outra pessoa.
A indicação é que indivíduos com diagnóstico de COVID-19 sejam isolados por 10 dias a partir do início dos sintomas. Em situações especiais pode ser suspenso a partir do 5º dia.
A nova variante do vírus da Covid-19 que tem se disseminado pelo mundo, chamada de XEC, foi identificada em três estados no Brasil.
Ela é uma nova linhagem derivada da Ômicron e tem demonstrado uma vantagem em relação às outras cepas. Com isso, tem caminhado para se tornar prevalente nos países em que foi detectada.
Sim, as vacinas contra COVID-19 protegem contra o vírus original e a variante ômicron. As demais variantes, seguem em estudo para desenvolvimento de vacinas eficazes para a imunização da população.
Álcool deve estar disponível em locais públicos com aglomeração, reforçando a lavagem das mãos e o distanciamento de 1m de pessoas sintomáticas.
O uso de máscara é exclusivo e necessário para pessoas com sintomas respiratórios para proteção não apenas do COVID-19 mas de qualquer doenças de transmissão respiratória.
As evidências disponíveis mostram que a transmissão vertical existe, mas é pouco frequente, e não é afetada pela via de parto, clampeamento tardio do cordão umbilical ou contato pele a pele, amamentação ou alojamento conjunto – desde que as medidas de precaução sejam mantidas.
A amamentação deve ser mantida no caso de puérperas estáveis, mesmo na vigência de sinais e sintomas gripais leves. A equipe deve orientar a lactante sobre os cuidados relacionados a higienização, uso de EPIs e etiqueta respiratória.
As mamadas devem ser precedidas de higienização das mãos e o uso da máscara cirúrgica deve ser mantido durante a amamentação. Lactantes na fase aguda da doença que se sentirem inseguras para a amamentação, podem ter o leite ordenhado e oferecido ao neonato.
Orientações sobre segurança e benefícios do aleitamento materno exclusivo devem ser intensificados nesses casos, de forma a garantir para a mulher as informações necessárias para sua tomada de decisão.
Nas pacientes com doença grave, parece razoável suspender durante o período clínico crítico a amamentação, mantendo-se, entretanto, todas as medidas para preservar a lactação devem ser instituídas.
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