Em entrevista concedida nesta segunda-feira (24), Diva Diniz, diretora do Colégio São Francisco de Assis, falou pela primeira vez sobre a saída da instituição do prédio público da rua Capitão Teixeira, no bairro Nossa Senhora das Graças.
Em mais de 20 minutos de entrevista, Diva destacou a história do colégio - que completaria, no próximo dia 3 de março, 30 anos no imóvel – respondeu críticas sobre a infraestrutura do prédio, disse que não ficou de graça no local, comentou sobre venda frustrada e ainda confirmou que devolverá às chaves à Prefeitura de Pará de Minas na tarde hoje.
Junto à chave, Diva também encaminhará um relatório de entrega, especificando o que está sendo deixado para o Município.
O documento, o qual o portaldivera.com teve acesso, cita a estrutura disponível, transferência de arquivos acadêmicos e contábeis e recomendações.
Atualmente, o prédio conta com 25 salas divididas em dois pavimentos, uma quadra esportiva coberta, banheiros, uma cozinha, área de entrada, entre outros. A prefeitura ainda não divulgou qual ou quais equipamentos serão transferidos para o imóvel.
Sobre o futuro dos alunos e professores, Diva Diniz disse que uma parte dos estudantes foram acolhidos no Colégio Apogeu e outros foram para outras instituições.
Quanto ao Curso Técnico de Enfermagem, ofertado através do Trilhas de Futuro, o colégio manterá as aulas no Colégio Apogeu.
Do total de 45 professores, 30 foram demitidos, segundo a diretora.
Confira abaixo os trechos da entrevista de Diva Diniz.
O Colégio São Francisco de Assis funcionou no imóvel da rua Capitão Teixeira - de propriedade da Prefeitura de PArá de Minas - por quase 30 anos.
Em 2004, o então prefeito Inácio Franco – coincidentemente o mesmo do mandato atual – sancionou uma lei (Lei nº 4.434/2004), concedendo o uso do espaço ao colégio até 9 de dezembro de 2024.
Há poucos dias para o vencimento do prazo final da legislação, a Prefeitura de Pará de Minas, na gestão de Elias Diniz, enviou um projeto para a Câmara para estender a cessão do imóvel por mais 20 anos.
Como a proposta não foi votada até 9 de dezembro, Elias Diniz publicou um decreto, no final de 2024, autorizando a permanência do colégio até que o Legislativo deliberasse sobre o assunto.
O decreto, porém, foi revogado no dia 4 de janeiro pelo prefeito Inácio Franco, que ainda retirou o projeto de lei da Câmara e solicitou a devolução do imóvel.
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