A vacina contra a Varicela, popularmente conhecida como Catapora, está em falta na rede pública de saúde Pará de Minas.
A informação foi antecipada pela vereadora Márcia Marzagão na Câmara Municipal e confirmada ao portaldivera.com pela coordenadora do setor de imunização da Secretaria de Saúde, Juliana Xavier Viana.
Os estoques nas salas de vacinação estão zerados há alguns dias e a previsão de chegada de mais unidades é para o final de fevereiro, ainda assim, em menor quantidade que o ideal.
“O Programa Nacional de Imunização tem enfrentado dificuldades para realizar a compra dessa vacina e distribuição para a população em quantidade suficiente para a demanda que nós temos”, destacou Juliana Viana.
Segundo a enfermeira coordenadora, a distribuição da vacina contra a Varicela começou há cerca de um ano em todo o Brasil. Pará de Minas tem recebido remessas com poucas doses, não sendo suficiente para atender a demanda local.
Como exemplo, Juliana informou que, normalmente, o Município recebe 150 doses mensais do imunizante, número que consegue atender a procura do público. Neste mês de janeiro, a cidade recebeu apenas 65 doses, que acabaram rapidamente.
Para fevereiro, a previsão é de chegar 13% da demanda, ou seja, aproximadamente 20 doses.
A vacina contra a Varicela é aplicada em duas doses: a primeira aos 15 meses de vida e a segunda aos 4 anos.
Segundo Juliana Viana, por causa da irregularidade na distribuição dos imunizantes, há o risco de crianças ficarem sem a segunda dose por causa das recomendações de aplicação.
“Todas as vacinas têm prazo, uma idade máxima recomendada para aplicação, e a Varicela não é diferente. Essas crianças têm até 4 anos 11 meses e 29 dias para estar recebendo essas duas doses. Se elas passarem dessa faixa etária, infelizmente, pelo SUS, a gente não consegue realizar essa vacinação”, informou.
Ao contrário de outras vacinas, a que protege contra a Varicela é bem procurada na rede pública de saúde, segundo explicou a enfermeira.
Em caso de falta na UBS, a recomendação é a pessoa procurar a rede particular, onde ela poderá encontrar a vacina por preços que variam de R$ 200 a R$ 350 uma dose.
Com relação a falta de doses, o Ministério da Saúde comunicou aos Municípios que o cronograma de entrega pactuado com o laboratório responsável pela produção das doses não foi executado conforme o planejado “em razão de obstáculos relacionados à fabricação”.
A pasta informou também que o abastecimento das vacinas deve ser normalizado ainda no primeiro semestre de 2025.
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