Pará de Minas está com elevado risco de enfrentar uma nova epidemia de dengue.
A constatação está baseada no resultado do Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), realizado na última semana. O indicador foi de 7,5%, quase o dobro do índice mínimo considerado de alto risco (4%).
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (14) pela Secretaria Municipal de Saúde. O Liraa foi realizado entre os dias 6 e 10, em 2.170 imóveis da zona urbana de Pará de Minas.
Além do 7,5%, referente ao nível de infestação predial, o levantamento também apontou o índice Breteau (percentual de depósitos positivos), que foi de 10,9%, ou seja, em mais de 10% das casas visitadas havia mais de um foco do mosquito da dengue.
“Além de indicar as áreas críticas, ele (Liraa) também indica qual tipo de depósito. Então, eu consigo mencionar aonde o drone vai sobrevoar, aonde nós vamos desenvolver os mutirões e assim conter (o mosquito) para que esse índice não venha se tornar realidade com pessoas doentes”, afirmou o coordenador da Vigilância Ambiental, Douglas Duarte.
Entre os bairros que registraram os maiores índices de infestação estão Recanto da Lagoa, Belvedere, São José, Padre Libério, Walter Martins e Cecília Meireles.
Segundo Douglas Duarte, a maior parte dos focos foi encontrada em material passível de remoção e bebedouro de animais.
A Secretaria de Saúde vai reforçar as ações de prevenção e combate ao mosquito da dengue.
No planejamento estão o uso de drones e novos mutirões de limpeza. De acordo com Adilson Batista, diretor da Vigilância em Saúde, nesta sexta-feira (17) está previsto uma força-tarefa no Residencial Cecília Meireles. Outras regiões também serão abrangidas.
“A partir de semana que vem, cada final de semana, a gente vai estar em uma comunidade e voltar a fazer o trabalho em conjunto para, realmente, dar resultado”, informou.
Outra ação será intensificar as visitas dos agentes de combate a endemias a fim de eliminar os focos dentro das residências. Para isso, a Secretaria de Saúde pede a colaboração da população.
“Muitas vezes as pessoas estão em casa e não recebem os agentes. Às vezes, atende o interfone, mas quando o agente de endemias se identifica a pessoa deixa o agente lá e não dá mais satisfação”, disse Douglas Duarte.
Mín. 16° Máx. 25°